Estar com...


Originalmente celebrado no dia 14 de fevereiro, em homenagem a São Valentin (padre romano martirizado em 270 d.C.) o Dia dos Namorados começou a ser celebrado no Brasil em 1949, graças ao publicitário João Dória com o slogan “não só com beijos é que se prova o amor”. Obviamente que, por se tratar de uma campanha publicitária, facilmente deduzimos que se tratava de uma jogada para aquecer o comércio que tinha no mês de junho um período fraco de vendas, mas a moda pegou e instituiu-se então nesta data o dia dos namorados.
Contexto histórico à parte, o que significa essa data para nós? Pessoas comuns, que vivemos e trabalhamos, sorrimos, choramos, lutamos todos os dias por nossos ideais. Muitos ainda encaram esse dia em seu propósito inicial, ou seja, uma data meramente comercial [Não sou punk, muito menos militante de esquerda que, para não favorecer o sistema, deixaria de presentear quem eu amo]. Vamos falar da data no contexto que realmente ela tem para grande maioria das pessoas, ou seja, a celebração [prova?] do “AMOR” sentido por outra pessoa, por meio de presentes e mimos, mesmo que seja um simples botão de rosa. Aqui está o ponto crucial disso tudo “amor sentido por outra pessoa”, notem o peso que tem essa frase. Amor, sentimento profundo nobre sublime, que aquece o coração das pessoas e torna tudo mais belo fantástico quando as coisas vão bem, mas que por outro lado torna tudo sem cor, sem graça, insosso quando o sentimento muda, ou por que não dizer acaba. E qual a razão disso? Pergunta frequente, por que temos essa necessidade de termos alguém ao nosso lado, de nos sentirmos ligados tão intimamente a outra pessoa?
A pergunta é frequente, e a resposta bem... Não há uma resposta plausível, simplesmente sentimos e ponto, certo? Não exatamente. Muitas vezes nos meus vários anos de vida vi pessoas contentes dizendo estarem felizes por terem encontrado os amores de suas vidas e, tempos depois as mesmas pessoas cabisbaixas, muitas até aos prantos porque a magia acabou, mas acabou por quê? Todos perguntam. porque tinha de acabar? Porque era um amor impossível? Porque estavam distantes demais? A resposta é sim, não, quem sabe? Acabou porque essas relações são vividas por duas pessoas, seres humanos, sendo assim, não obedecem à lógica ou regra, ou seja, ninguém é obrigado a amar ninguém, consequentemente, nenhuma pessoa é obrigada a ficar com outra simplesmente porque esta pessoa quer. Isto tudo gera uma nova pergunta, por que então nos deixamos levar por tais sentimentos? Não sei! (se alguém tiver esta resposta ficara milionário).
Há quem viva sozinho e diga estar bem dessa forma, pode ser verdade, já dizia Charles Bukowski "Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar.” Há também os que sintam-se incompletos sozinhos. Minha opinião é de que somos todos completos, mas alguém para ajudar a contar estrelas, ou mesmo para trocar palavras não é nada mau.
Bom, acho que já falei demais nesse assunto, sendo assim, me despeço dizendo que lógico ou não, esse sentimento existe. Feliz dia dos namorados a todos os casais. Para aqueles que estão sozinhos, uma recomendação: acompanhado ou não, você tem de gostar em primeiro lugar de você, quem não consegue desfrutar da própria companhia, certamente não será feliz ao lado de quem quer que seja. E aos platônicos, não se envergonhe do que sente, assuma seus sentimentos, envergonhe-se sim de omiti-los.

Junior Gros.

Comentários

Ket_gasperzs disse…
Simplesmente AMEI o seu texto de hoje Junior!!!
Parabéns...um texto que foge de todo aquele bla bla bla e senso comum sobre dia dos namorados,amor e relacionamentos.

bjãooo
essa frase do Buk é genial... mas legal é poder dividir todo esse entretenimento. Belo texto! abraço!

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