Semeadores de sonhos ou propagadores de idéias?

A madrugada já reina são quase duas horas da manhã de terça-feira dia 02 de fevereiro, conseqüentemente ontem, segunda-feira foi dia 1º de fevereiro. Você deve estar pensando “Ah, nossa quanta perspicácia!”. Para muitos se tratou apenas de mais um dia no calendário, inicio de um novo mês, o mês do carnaval, e na verdade o foi, porém para alguns milhares de profissionais é um dia a ser visto com orgulho, 1º de fevereiro é dia do Publicitário. Tá, tudo bem, não é feriado nacional, nem cor diferente no calendário tem, mas e daí, ao menos ele existe e deve sim ser comemorado.
Mas hoje é dia 02, o dia do Publicitário foi ontem, então por que raios estou escrevendo isto? A resposta é simples, cabe em uma palavra, vácuo, já há algum tempo é isso que tem ocupado minha cabeça. Ao mesmo tempo em que não poderia deixar a data passar em branco, mesmo que ainda esteja longe de poder me considerar u publicitário, esse foi o caminho que decidi trilhar, essa carreira que eu decidi abraçar e espero exercer por quanto tempo me for possível. E por que a escolhi? Pelo glamour das festas e prêmios? Por poder vestir jeans e camiseta?
Quem olha de fora até pode entender assim, mas para quem trabalha, estagia ou como é meu caso estuda o assunto sabe que tais “mimos” existem, mas nem de perto representam a realidade da profissão. Minha escolha não foi motivada por um fator isolado, mas por diversos deles, a começar por minha vontade de escrever, seguida pela minha inquietude e curiosidade em desvendar coisas novas, o ideal de viver das minhas idéias.
Idéias que são o carro chefe da profissão, que primariamente seria tornar pública ou propagar uma idéia ou um conceito, assim nos ensinam na faculdade, mas é só isso? Não, em absoluto, o cotidiano da profissão é composto quase sempre de uma grande quantidade de transpiração contrastando com quantidades menores de inspiração. E é essa porçãozinha de inspiração é que dá o encanto todo à coisa. Pois é o fato de poder criar, seduzir seja através de fotos, textos, layouts ou jingles, levando as pessoas ao desejo do consumo, pois nós mesmos antes de qualquer coisa somos consumidores. Desejamos, sonhamos, compramos. E é por esses e outros vários motivos que mesmo tardiamente venho render tributo a todos aqueles que vivem de semear sonhos e vender idéias, torcendo para que hajam sempre campos férteis a serem semeados e bons ventos para propagação.

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